Pela Internet

Você pode ouvir o programa Cena Jazz pela Internet no endereço http://www.rtve.pr.gov.br/modules/programacao/radiofm_ao_vivo

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Programa de 29 de julho de 2010

No programa dessa quinta-feira apresentaremos artistas brasileiros contemporâneos dando um show do chamado Jazz Brasileiro. Destaque para o grupo Sambajazz Trio e, no momento do Clube do Jazz, uma faixa com o trumpetista Cláudio Roditi.

Abrindo o programa apresentaremos duas faixas do álbum The Opener do trombonista Curtis Fuller: Hugore (Curtis Fuller) e A Lovely Way to Spend an Evening (J. McHugh e H. Adamson). Curtis Fuller toca seu trombone de vara acompanhado de Hank Mobley - sax tenor, Bobby Timmons - piano, Paul Chambers - contrabaixo e Art Taylor - bateria. O disco The Opener foi lançado em 1957 pelo selo Blue Note.

A tradição dos trios instrumentais se consolidou no Brasil durante a primeira metade dos anos 60. Tivemos grupos espetaculares como Jongo Trio, Trio 3D, Tamba Trio, Som Três, Rio65trio, Sansa Trio e, o ainda ativo, Zimbo Trio. Houve dezenas dessas formações e seus trabalhos tem sido, felizmente, relançados em CD. No programa dessa quinta apresentaremos um trio contemporâneo, o Sambajzz Trio, formado pelo pianista Kiko Continentino, pelo contrabaixista Luiz Alves e pelo baterista Clauton “Neguinho” Sales. O Neguinho ainda faz algumas participações tocando trompete. Do álbum lançado em 2005 pelo selo Guanabara apresentaremos os temas: Agora Sim! (Luiz Alves e Luizão Paiva), Quero Quero (Luiz Alves) e O Morro Não Tem Vez (Tom Jobim e Vinícius de Moraes). Brazilian Jazz da pesada para você!


CD Sambajazz Trio

No momento do Clube do Jazz destaque para outro brasileiro, o trompetista Cláudio Roditi. Morando em Nova Iorque desde a década de 70, o carioca Cláudio Roditi já gravou com grandes nomes do jazz e é considerado atualmente um dos grandes nomes de seu instrumento no cenário jazzístico norte-americano. Apresentaremos com ele uma das mais famosas composições de John Coltrane: Naima. O grupo foi formado por Dario Galante – piano, Idriss Boudrioua – sax alto, Sérgio Barroso – contrabaixo e Pascoal Meireles – bateria. O álbum chama-se Impressions e foi lançado neste ano pela Biscoito Fino.

E para continuar dando um tempero brasileiro ao programa tocaremos o tema Setembro, composição de Ivan Lins, com o saxofonista norte-americano Donald Harrison. As gravações foram feitas em 1997 para o GRP e lançadas no mesmo ano no CD A Noveau Swing. Acompanharam o sax alto de Donald Harrison Anthony Wonsey – piano, Christian McBride – contrabaixo, Carl Allen – bateria.

E no último bloco do programa traremos, mais uma vez, gravações da década de 50 com o saxofonista Sonny Rollins. Desta vez tocaremos o álbum Sonny Rollins plus 4, lançado em 1956. Acompanharam Mr. Rollins Max Roach – bateria, George Morrow – contrabaixo, Richie Powell – piano e Clifford Brown – trumpete. As faixas selecionadas foram Kiss and Run (Sam Coslows) e Pent-Up House (Sonny Rollins).

Sonny Rollins

O programa Nas Trilhas do Jazz vai ao ar com apoio do FULL JAZZ HOTEL.

O programa é exibido sempre às terças e quintas a partir das 22 horas na Lumen FM de Curitiba (99,5). Você também pode ouvir o programa pela internet no endereço http://www.lumenfm.com.br/

Se você quiser entrar em contato com produção do programa escreva para: jazzlumen@bol.com.br

terça-feira, 27 de julho de 2010

Programa de 27 de julho de 2010 - trilha sonora do filme Round Midnight

A relação entre o jazz e o cinema tem gerado controvérsias ao longo do tempo. Sempre há os que torcem o nariz aos filmes que utilizam o gênero musical como tema ou “ator” secundário. As críticas normalmente giram em torno da qualidade musical do filme ou da abordagem dada aos músicos, ora tratados como coitadinhos, ora tratados como desajustados. E, de fato, são raros os casos em a filmografia jazzística escapa desses clichês. Mesmo Bird, a cinebiografia de Charlie Parker, realizada pelo admirador e diretor competente Clint Eastwood foi alvo de críticas nesse sentido.

O filme “Round Midnight”, lançado em 1986, passou ao largo desse tipo de polêmica. Realizado pelo diretor francês Bertrand Tavernier o filme conta a história do saxofonista norte-americano Dale Turner em sua última excursão a Paris. Vale ressaltar que o personagem protagonista é fictício, mas baseado na história do pianista Bud Powel. O enredo mostra a amizade que se desenvolve entre Dale e um fã francês que, percebendo a decadência de seu ídolo, tenta de todas as formas ajudá-lo.

cartaz original do filme

Deixando o cinema – de primeira – de lado e falando de música, Round Midnight se destaca pela participação, em primeiríssimo plano de grandes nomes do jazz. A começar pela participação do saxofonista Dexter Gordon dando um show no papel do personagem principal. Pela atuação ele chegou a ser indicado ao prêmio de melhor ator no Globo de Ouro e no Oscar. Mas, se tudo isso já é bom, a trilha sonora é espetacular! O diretor Bertrand Travenier convidou o pianista Herbie Hancock para fazer a direção musical do filme e deu-lhe liberdade total desde que seguisse uma única condição: a de que todas as tomadas fossem feitas ao vivo em uma recriação do clube Blue Note de Paris. Mr. Hancock convidou então a nata dos músicos da época: entre outros Chet Baker, Bobby Hutcherson, Tony Willians, Ron Carter, Freddie Hubbard, John McLaughlin. E assim foi feito e temos então um filme de jazz perfeito com uma trilha sonora – 100% jazz – também perfeita!

Tocaremos três faixas do CD: Body and Soul, Chan´s Song e, com um destaque muito especial, Round Midnight pelo solo vocal de Bobby McFerrin que engana muita gente ao soar como um trompete de forma quase perfeita.

Em Body and Soul (Edward Heyman, Robert Sour, Frank Eyton e Johnny Green) temos Dexter Gordon – sax tenor, Herbie Hancock – piano, Pierre Michelot – contrabaixo, Billy Higgins – bateria e John McLaughlin – guitarra.

Chan´s Song (Stevie Wonder e Herbie Hancock) é interpretada por Herbie Hancock – piano, Ron Carter – contrabaixo, Tony Willians – bateria e Bobby McFerrin. E este mesmo quarteto apresenta a música que dá nome ao filme: Round Midnight (Thelonious Monk e Bernie Hanighen).

Mas o programa tem outras atrações e abre com o saxofonista Gerry Mulligan. Em gravações feitas em Los Angeles, em 29 de janeiro de 1953, o tenteto de Gerry Mulligan foi composto por Chet Baker e Pete Candoli – trompetes, Bob Enevoldsen – trombone de vara, John Graas – flugelhorn, Ray Siegel – tuba, Bud Shank – sax alto, Don Davidson e Gerry Mulligan – sax barítono, Joe Mondragon - contrabaixo e Chico Hamilton – bateria. As faixas apresentadas serão: Walkin´ Shoes, Westwood Walk e Rocker, todas composições de Mr. Mulligan. Este álbum é claramente influenciado pelas gravações lideradas por Miles Davis com a maior parte desses músicos e que seriam lançadas no antológico álbum Birth of the Cool.

Na sequência do programa, cumprindo uma promessa da semana passada, tocaremos mais faixas do álbum Moonlight in Vermont do guitarrista Johnny Smith. O quinteto que participou da gravação foi composto por Sanford Gold no piano, Eddie Safranski no contrabaixo, Don Lamond na bateria, Johhny Smith na guitarra e pelo então novato Stan Getz no sax tenor. Serão apresentadas as faixas: Nice work if you can get it (Gershwin Bros.), Where or when (Richard Rogers e Lorenz Hart) e Moonlight in Vermont (John Blackburn e Karl Suessdorf).

Após o intervalo, teremos o momento do Clube do Jazz. Na edição de hoje apresentaremos What are you doing the rest of your life? com um grupo liderado por Milt Jackson e Easy Leavin´ com John Lewis.

Em What are you doing the rest of your life? (Michel Legrand e A. & M. Bergman) ouviremos Milt Jackson – vibraphone, Freddie Hubbard – flugelhorn, Herbie Hancock – piano, Jay Berliner – guitarra, Ron Carter – contrabaixo, Billy Cobhan – bateria e Ralph MacDonald – percussão. A faixa faz parte do álbum Sunflower, lançado pelo selo CTI em 1973.

John Lewis lidera um quinteto no álbum Grand Encounter onde encontramos a faixa Easy Leavin´ (Leo Robin e Ralph Rainger). O grupo foi composto por Jim Hall – guitarra, Chico Hamilton – bateria, Bill Perkins – sax tenor e Percy Heath – contrabaixo. Gravações em Los Angeles durante o inverno de 1956.

Lembrando que o Clube do Jazz funciona no Full Jazz Bar na rua Silveira Peixoto, 1297 - Batel, em Curitiba.

Full Jazz Bar
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E encerramos o programa o com a faixa Decision (Sonny Rollins) do álbum Volume 1 do saxofonista Sonny Rollins. Gravado em 16 de dezembro de 1956, o disco contou com as participações de Donald Byrd – trompete, Wynton Kelly – piano, Gene Ramey – contrabaixo, Max Roach – bateria e Sonny Rollins – sax tenor.

O programa Nas Trilhas do Jazz vai ao ar com apoio do FULL JAZZ HOTEL.

O programa é exibido sempre às terças e quintas a partir das 22 horas na Lumen FM de Curitiba (99,5). Você também pode ouvir o programa pela internet no endereço http://www.lumenfm.com.br/

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Programa de 22 de julho de 2010

A música brasileira causou impactos significativos sobre a produção musical norte-americana em diversos momentos do século XX. Os casos mais notórios são a Bossa Nova e o furacão Carmen Miranda. Outro momento em que nossa música causou bastante impressão e gerou uma série de gravações importantes foi quando os músicos de jazz tomaram conhecimento da obra do Milton Nascimento e de seus colegas do Clube da Esquina. O álbum Native Dancer do saxofonista Wayne Shorter talvez seja o maior exemplo; Sarah Vaughan também gravou três álbuns sensacionais nesse período apenas com composições do melhor da MPB. O destaque no programa de hoje vai para álbum Salt Song que o saxofonista Stanley Turrentine gravou em 1971 para o selo CTI. O disco apresenta duas composições do Milton: Canção do Sal, a Salt Song e Vera Cruz. Vale lembrar que estas duas canções foram consagradas por interpretações da imortal Elis Regina.

O programa iniciará com duas faixas gravadas ainda na década de 40 pelo pianista Errol Gardner: Stompin´ at the Savoy e Penthouse Serenade. Temos John Simmons no contrabaixo e Alvin Stoller na bateria. O crédito pela apresentação destas duas faixas vai para o jornalista Vinicius Coelho que gentilmente cedeu o CD Giants of Jazz – volume 9: Errol Gardner para a produção do programa.

Em seguida, apresentaremos o álbum A swingin´ affair. Gravado por Frank Sinatra em novembro de 1956 em Los Angeles, este disco é um dos pontos altos de sua carreira nesse período. Com arranjos do super maestro Nelson Ridle, ouviremos um punhado de grandes músicos acompanhando a VOZ; destaques para Harry “Sweets” Edison - trompete, Juan Tizol – trombone e Alvin Stoller – bateria. Escolhemos as faixas Night and Day (Cole Porter) e I got plenty o´ nothing (Gershwin Bros. e Du Bose Hayward).



O programa segue com o pianista McCoy Tyner e seu disco Today and Tomorrow. O álbum foi gravado em junho de 1963 para o selo Impulse. Mr. Tyner estava em começo de carreira e este é um dos seus primeiros trabalhos como líder e arranjador. Ele foi acompanhado por Jimmy Garrison no contrabaixo e Tootie Heath na bateria. O trio executará as faixas Autumn Leaves (Jacques Prévert, Joseph Kosma e Johnny Mercer) e When the Sun Gets Blues (Marvin Fisher e Jack Segall).

No momento do Clube do Jazz ouviremos Moonlight in Vernont com o guitarrista Johhny Smith e Easy Leaving com Miles Davis.

O guitarrista Johnny Smith não é muito conhecido do grande público e nesta edição do programa daremos apenas um “gostinho” do seu trabalho, já que na próxima edição do programa ele aparecerá em destaque. Com Johnny Smith ouviremos a canção que dá título ao álbum Moonlight in Vernont (John Blackburn e Karl Suessdorf). O quinteto foi composto por Sanford Gold no piano, Eddie Safranski no contrabaixo, Don Lamond na bateria, Johhny Smith na guitarra e pelo então novato Stan Getz no sax tenor.

Já o outro participante do Clube do Jazz de hoje é muito mais conhecido... ouviremos um quinteto com Elvin Jones na bateria, Teddy Charles no vibrafone, Charles Mingus no contrabaixo, Britt Woodman no trombone e Miles Davis no trompete. O tema apresentado será Easy Living (Leo Robin e Ralph Rainger) que faz parte de um álbum fantástico chamado Blue Moods, lançado em 1955 pelo selo Debut Records. Foi com esse LP que o Miles me ganhou definitivamente...

Chega então, finalmente, o destaque maior do programa: o álbum Salt Song em que o saxofonista Stanley Turrentine abre um espaço muito generoso ao nosso grande Milton Nascimento. As faixas Canção do Sal e Vera Cruz são executadas por um timaço de músicos com destaque para a participação dos brasileiros Eumir Deodato no piano, Sivuca na guitarra, Dom Um Romão e Airto Moreira na percussão. Temos ainda Hubert Laws na flauta, Billy Cobham na bateria e Ron Carter no contrabaixo.



E para encerrar apresentaremos uma gravação Miss Jackie´s Delight feita por um grupo liderado pelo saxofonista Julian Cannonball Aderley. Registro feito em fevereiro de 57 para o álbum Aderley Sophisticated Swing do selo EmArcy contou com a participação do mano Nat Aderley na corneta, Junior Mance no piano, Sam Jones no contrabaixo, Jimmy Cobb na bateria e Cannonball Aderley no sax alto.

O programa Nas Trilhas do Jazz vai ao ar com apoio do FULL JAZZ HOTEL.
 
Se você quiser entrar em contato com produção do programa escreva para mailto:jazzlumen@bol.com.br
 
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terça-feira, 20 de julho de 2010

Um especial para Paulo Moura

Uma das grandes características da obra do saxofonista e clarinetista Paulo Moura foi capacidade de transcender fronteiras de qualquer tipo. Fossem as fronteiras entre países, entre classes sociais, entre ocorrências culturais, concepções artísticas, sua música superou-as com gentileza, generosidade, elegância e, em muitos momentos, genialidade. Trafegando pelos mais diversos gêneros, as interpretações de Paulo Moura sempre enriqueceram com seu toque pessoal as músicas que interpretava. Fosse tocando o repertório erudito ou da bossa nova, fosse solando um samba ou acompanhando um jazz, fosse animando uma gafieira em Tóquio ou um forró em Nova Iorque, fosse chorando com um regional na Lapa – em qualquer Lapa, afinal há tantas – Paulo Moura acrescentou, levou brilho e originalidade.


foto (Adriana Sydor)

Hoje no programa Nas Trilhas do Jazz apresentaremos um especial em tributo ao grande músico brasileiro que faleceu na semana passada. Mostraremos no programa algumas gravações, recolhidas ao longo de seus mais de 50 anos de carreira, que marcaram por sua capacidade de mesclar o jazz tradicional a elementos dos mais diversos gêneros musicais brasileiros. Confira então uma pequena parte da produção registrada em mais de 40 álbuns próprios e incontáveis participações em trabalhos de outros artistas.

E começaremos pela sua participação no disco Cannonball´s Bossa Nova do saxofonista norte-americano Julian Cannonball Aderley. Este álbum foi gravado em 1962, logo após o célebre concerto de Bossa Nova no Carnegie Hall em Nova Iorque. Os jazzistas norte-americanos ficaram alucinados com a “batida diferente” apresentada pelos músicos brasileiros e trataram de aprender e gravar a nova bossa latina. Então, em dezembro daquele ano, Cannonball reuniu-se com um sexteto liderado pelo pianista Sérgio Mendes e gravou as oito faixas desse álbum notável. Participaram da gravação Dom Um Romão na bateria, Octávio Bailly Jr. no contrabaixo, Durval Ferreira, violão e guitarra, Pedro Paulo no trompete, Cannonball Aderley no sax alto, Sérgio Mendes no piano e Paulo Moura também no sax alto. E daí o destaque que damos a este disco, visto que Cannonball era, na época, o maior nome do sax alto no cenário jazzístico. Independente disto, ele abriu espaço para o brasileiro participar, e solar, em cinco das oito faixas lançadas. Você vai poder conferir Batida Diferente e Sambop, ambas da dupla Durval Ferreira e Maurício Einhorn.




Na seqüência do programa apresentaremos a homenagem que Paulo Moura fez a um dos grandes saxofonistas brasileiros: Sebastião Barros, o K-Ximbinho. Trata-se do álbum K-Ximblues, gravado em 1999 para o selo Rob Digital. Disco bom mesmo, que conta com as participações de Maurício Einhorn na gaita, Nelson Faria no violão, Tony Botelho no contrabaixo e Paulo Moura na clarineta e sax alto. Tocaremos para você Just Walking e Velhos Companheiros, ambas de K-Ximbinho.

No momento do Clube do Jazz você vai ouvir Summertime (Gershwin Bros. e Du Bose Edward) e Yardbird Suite, composição de Charlie Parker.

Summertime faz parte do CD Rhapsody in Bossa: Paulo Moura visita Gershwin & Jobim – e o título do álbum dispensa explicações. Temos as participações de Jerzy Milewsky no violino, Jota Moraes no piano e vibrafone, Cliff Korman teclados, Nelson Faria – guitarra e violão, Rodolfo Stroeter – baixo acústico, e Pascoal Meirelles na bateria. Este CD foi lançado pelo selo Biscoito Fino.

Yardbird Suite você encontra no CD Quarteto, relançamento do LP de 1969 que contava com a presença de Wagner Tiso no piano, Luiz Carlos no contrabaixo, Pascoal Meirelles na bateria e Paulo Moura no sax alto. CD do selo BrazilMusica!

O programa segue com um dos álbuns instrumentais mais importantes da década de 60: o álbum Edison Machado é Samba Novo. Apesar do nome o disco liderado pelo grande baterista é jazz puro! Em um timaço de músicos que contou com as participações de Tião Neto – contrabaixo, Tenório Jr. – piano, Pedro Paulo – trompete, Raul de Souza – trombone de válvula, Maciel – trombone de vara, Edison Machado na bateria, Paulo Moura fez vários arranjos e foi solista nos temas que você vai ouvir no programa: Quintessência (J.T. Meirelles) e Coisa nº 1 (Moacir Santos).

E para encerrar o programa, voltaremos ao álbum Rhapsody in Bossa: Paulo Moura visita Gershwin & Jobim com as faixas: Embreceable You e The man I love, ambas de George Gershwin.


O programa Nas trilhas do jazz vai ao ar com apoio do FULL JAZZ HOTEL. É exibido toda terça e toda quinta a partir das 10 da noite na Lumen FM de Curitiba (99,5). Você também pode ouvir o programa pela internet no endereço http://www.lumenfm.com.br/

Caso você queira entrar em contato com produção do programa escreva para jazzlumen@bol.com.br

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Programa de 15 de julho de 2010

Hoje começaremos o programa com o CD Jazz Impressions of Japan do Dave Brubeck Quartet. Este álbum faz parte de uma série de discos Jazz Impressions que o grupo do Dave Brubeck gravou no final dos 50 e início dos 60. Temos o Jazz Impressions da Eurásia, de Nova Iorque, da América. O Jazz Impressions of Japan foi gravado em 1964 logo após o grupo voltar de uma excursão ao Japão e todas as canções retratam a percepção pessoal do Dave Brubeck em relação ao país visitado. Nas palavras dele:

"Os temas desse álbum são impressões pessoais da viagem do Quarteto ao Japão durante a primavera de 1964. Ninguém numa visita breve pode ter a esperança de absorver e compreender tudo o que é estranho a si. Imagens e sons, exóticos em sua frescura, despertam os sentidos para uma nova consciência. A música que nós gravamos tenta converter esses momentos em impressões duráveis”. (Dave Brubeck, no encarte do álbum)

O álbum é bem interessante e, no encarte, o Dave Brubeck explica a inspiração em cada uma das composições. Vamos tocar: Ozaka Blues e Koto Song. No disco o quarteto está com sua formação mais clássica: Dave Brubeck no piano, Paul Desmond no sax alto, Eugene Wright no contra baixo e Joe Morello na bateria. O lançamento foi do selo Columbia Jazz.

O programa segue com o álbum Around Midnight da cantora Julie London. Lançamento do selo Capitol em 1960 é um disco típico da cantora: repertório impecável em grandes arranjos. O disco tem outro aspecto bastante comum no trabalho da Julie London: as capas são sensacionais, conforme você pode conferir.



Desse álbum selecionamos: Black Coffee (Burke & Webster), Misty (Gardner e Burke) e But not for me (Gershwin Bros.). Mas o disco inteiro é ótimo, vamos programar mais em breve.

Depois do intervalo voltamos com o momento do Clube do Jazz. Hoje destacaremos o encontro do saxofonista Stan Getz com o trio do pianista Bill Evans (Eddie Gomez no contrabaixo e Marty Morell na bateria). O disco é de 1974 e foi lançado pelo selo Milestone. Vamos tocar a faixa Stan´s Blues, que é uma composição do próprio Stan Getz.

Na seqüência do Clube do Jazz você vai ouvir a deliciosa Willow weeps for me (Ronell) com o Modern Jazz Quartet. É do álbum Fontessa gravado em Janeiro de 1956. O MJQ era formado por John Lewis no piano, Milt Jackson no vibrafone, Connie Kay na bateria e Percy Heath no contrabaixo.

Sempre lembrando que o Clube do Jazz é uma proposta de reunir pessoas que gostam de jazz no ambiente muito bacana do Full Jazz Bar.

O programa segue com mais um vibrafonista (ou xilofonista): Lionel Hampton. Vamos ouvir dois clássicos: Body and Soul (Green, Heyman, Sour, Eyton) e The man I love (Gershwin Bros.). Os temas fazem parte do álbum The genius of Lionel Hampton de 1955. Acompanham Mr. Hampton Teddy Wilson no piano e Gene Krupa na bateria.

E no último bloco um grupo liderado pelo Chick Corea faz uma homenagem ao grande Bud Powell. A faixa escolhida foi Willow Grove que é uma composição do próprio Bud Powell. O CD se chama Chick Corea & Friends Remembering Bud Powell. Os friends são um timaço de músicos da geração dos Young Lions: Roy Haynes na bateria, Kenny Garrett – sax alto, Joshua Redman – sax tenor, Christian McBride – contrabaixo, Wallace Roney – trompete.

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terça-feira, 13 de julho de 2010

Programa de 13 de julho

Hoje no programa Nas Trilhas do Jazz na Lumen FM vamos receber a visita de um grande instrumentista da nova geração: o acordeonista João Pedro. Trata-se de um nome que desponta no cenário da música instrumental brasileira e que, com certeza, em breve será referência nacional em um instrumento de grandes como Dominguinhos, Sivuca, Osvaldinho e Renato Borghetti. Vamos bater um papo com o João Pedro e ouvir a faixa “Eclético” do CD de mesmo nome. A música que vamos tocar tem uma pegada bem jazzística, mas o disco tem de tudo e tudo é bom.

Além do João Pedro você ouvirá ainda:

No primeiro bloco um trio de cantoras não muito conhecidas, mas que são ótimas.

- Julia Lee em Snatch and Grab It;
- Ruth Brown em Someday;
- Kay Starr cantando Share Croppin' Blues.

Estas três faixas fazem parte de uma coletânea que me foi emprestada pelo grande jornalista curitibano Vinícius Coelho. O CD é uma coletânea australiana chamada The most beautiful jazz voices ever – volume two.

No momento do Clube do Jazz teremos:

McCoy Tyner tocando uma composição dele chamada Serra do Mar. A faixa faz parte do álbum Land of Giants de 2003, lançado pelo selo Telarc. Tocam com o McCoy Tyner o Bobby Hutcherson (vibrafone), o Charnett Moffett (contrabaixo) e o Eric Harland (bateria).

Ainda no Clube do Jazz teremos o paranaense Maurílio Ribeiro com a composição do inesquecível Oziel Fonseca chamada Baía de Antonina. A faixa está no álbum do Maurílio que se chama Carreador. É uma produção independente lançada em 2007. Quem acompanha a guitarra do Maurílio são o Saul Trumpet, o Oziel (piano elétrico), Cristian Julian (baixo), J.A.Charmack (bateria), Alex Figueiredo (congas) e o Joel Jr. (timbales).

E no último bloco do programa você ouvirá o Stanley Turrentine. Serão duas faixas do álbum Look Out! gravado em 1960 pelo selo Blue Note: Look Out! e Journey to Melody. Quem acompanha o Stanley Turrentine nesse disco são: Horace Parlan (piano), George Tucker (contrabaixo) e o Al Harewood (bateria).

Então é isto!

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Paulo Moura

O primeiro disco de música instrumental brasileira que comprei - em um supermercado, ainda um LP - foi Clara Sverner & Paulo Moura interpretam Pixinguinha. Era garoto e não sabia muito bem o que estava adquirindo, mas um "sexto sentido" me dizia que era a coisa certa. Cheguei em casa, escutei o disco e dei um jeito de voltar à loja e comprar o outro álbum da dupla que havia lá; era o Vou Vivendo. Desde então sou fã do "Moura". Tenho todos os discos dele que encontrei nas minhas perambulações por lojas de discos, sebos, mercados e outras bibocas; contei agora: são 17.

Gosto de tudo no Paulo Moura. A música, a figura, a maneira como ele se envolvia com os mais diversos gêneros musicais, a disponibilidade para parcerias com artistas desconhecidos e/ou iniciantes. Adorava aquele jeito malandro de falar e andar. Aquele clarinete transparente. O sorriso. O choro. O samba, a bossa, o jazz, o forró e o que mais fosse possível fazer com (muito) talento e dignidade na música.

Acho que teve uma boa vida. Tocou com todos os grandes. Foi reconhecido e reverenciado dentro e fora do país. Ouviremos sempre os seus discos. Sentiremos saudades.


(Foto de Adriana Sydor)

Valeu Paulo Moura!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Bem vindo!

Bem... este é o primeiro post do blog Jazz Lumen. A idéia aqui é passar ao leitor informações sobre meu programa "Nas trilhas do jazz" que vai ao ar toda terça e toda quinta, às 22h, na Lumen FM (99,5) em Curitiba.


O programa "Nas trilhas do jazz" está no ar desde o primeiro dia de transmissão da rádio, em março de 2005. Inicialmente chamava-se "The A train, nas trilhas do jazz" e era transmitido de segunda a sexta, fechando a programação da rádio. Depois de uma reformulação na grade de programação, reduzimos o nome, passamos para a Faixa Dez compartilhando o horário com o programa "Modulando" do José de Melo e, inicialmente, com um programa que o Derico Sciotti fazia às sextas-feiras. Depois que o Derico saiu, assumi a sexta e passei a produzir também o "Cabaret Juke Box".

A proposta do "Nas trilhas do jazz" é apresentar um amplo panorama sobre a música que é tocada sob o título "guarda-chuva" chamado JAZZ. Como o programa tem apenas uma hora de duração e é tem duas edições semanais não dá para tocar todo o repertório jazzy. Já apresentamos de tudo: do jazz de raiz, big bands, be bop, mainstream, cool jazz, hard bop, o avant garde dos anos sessenta, o fusion dos anos 70, a retomada do acústico nos 80, até o jazz contemporâneo (seja lá isso o que for...). Tocamos, claro, muito jazz cantado; gostamos de dar destaque ao jazz brasileiro, jazz caribenho, jazz africano. Enfim fazemos o que é possível! E é muito bom!

Como comentei no primeiro parágrafo, a idéia de criar um blog é de ampliar as possibilidades de comunicação dos ouvintes com a produção do programa. Além de passarmos informações sobre o conteúdo das edições de cada programa, estaremos abertos às sugestões, às críticas e procuraremos, na medida do possível, esclarecer dúvidas dos leitores/ouvintes.

Então para cada edição do programa, teremos as informações básicas do que foi/será tocado. Teremos também um post semanal sobre algum aspecto deste mundo maravilhoso chamado JAZZ.

Bem vindo!