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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Programa de 16 de setembro de 2010

Abrimos o programa com um Miles Davis do início dos anos 50. Na época da gravação do álbum Blue Haze, Mr. Davis estava na muda e prestes a iniciar os trabalhos em quintetos que entrariam para a história do jazz. Do disco, gravado em 1953 pelo selo Prestige, tocamos os temas Tune-up (M. Davis) e When lights are low (Spencer Willians & Benny Carter). Acompanharam o trompete de Miles Davis John Lewis – piano, Percy Heath – contrabaixo, Max Roach – bateria.

Capa do álbum Blue Haze
No início dos anos 70 o jazz andava em crise. A consolidação do pop como a música “jovem” fez com que os jazzistas procurassem uma aproximação com aquele gênero. Enquanto alguns se lançavam para o experimentalismo eletrônico e outros procuravam uma aproximação com o rock, artistas como o saxofonista James Moody estreitaram laços com a soul music e fizeram um jazz leve e dançante. Mr. Moody foi um dos destaques desta corrente. Mostramos no programa o álbum Feelin´ it together, gravado em 1973. Com participações de Kenny Barron – teclados, Larry Ridley – contrabaixo, Freddie Waits – bateria e percussão, o sax do James Moody interpretou os temas Wave (Tom Jobim) e Morning Glory (Kenny Barron). O CD foi lançado pelo selo .32 jazz.

Amigos desde os quinze anos de idade o saxofonista Joel Frahm e o pianista Brad Meldhau gravaram em dezembro de 2001 o CD Don´t Explain. As dez faixas que compõem o álbum foram tocadas em duo sax tenor/piano e são muito bonitas. Como não dá para tocar o disco todo escolhemos Away from home (J. Frahm) e Don´t explain (Billie Holiday & Arthur Herzog). Lançamento do selo Palmetto Records.


Shirley Horn e Miles Davis no final dos anos 80
Shirley Horn começou seus estudos musicais com intenção de torna-se uma pianista clássica. Apesar de ter conseguido um bolsa para a famosa Juilliard Music School, não pode prosseguir seu projeto por razões financeiras. Passou então a freqüentar a cena jazzística de Washington até ser descoberta por Miles Davis e conseguir gravar alguns trabalhos em pequenos selos no início dos anos 60. Após assinar contrato com o selo Impulse, lançou alguns álbuns que tiveram forte recepção entre a crítica, mas pouca repercussão popular. Desencantada com a ascensão do rock inglês, com os esforços dos produtores (Quincy Jones incluso) em transformá-la em uma cantora pop e desejando dar atenção à família, Shirley Horn afastou-se da cena artística por quase duas décadas, voltando a gravar e excursionar apenas na metade dos anos 80. A partir daí a cantora e pianista passou, com seu estilo único, a ser uma das referencias do jazz vocal. Trabalhou então com vários dos principais nomes da cena jazz então em atividade como Miles Davis, Wynton Marsalis e Joe Henderson. Aproximou-se também da música brasileira, gravando principalmente o trabalho de Tom Jobim. Mas o que ela gostava mesmo era de gravar e se apresentar em trio. E é com esta formação que gravou em 1987 o álbum Softly para o selo Audiophile. Com o acompanhamento de Charles Ables – contrabaixo e Steve Willians – bateria apresentamos as faixas Forget me (Valerie P. Brown) e Dindi (Tom Jobim, Aloysio de Oliveira & Ray Gilbert).

O programa estava especial e o último bloco manteve o clima. Apresentamos três faixas do CD Ninhal da flautista brasileira Léa Freire. Gravado entre janeiro de 1994 e setembro de 1996, o álbum produzido por Sizão Machado é uma jóia, infelizmente, rara; deveria haver um exemplar em cada lar brasileiro. É muito bom! Tocamos, pela ordem, Tequila (L. Freire) com Léa Freire – flauta C, Felipe Cubano – sax tenor, Pepe Rodriguez – teclados, Sizão Machado – contrabaixo e Turquinho – bateria. Em seguida apresentamos Vatapá (Léa Freire & Joyce) com Léa acompanhada pela Banda Mantiqueira. E para encerrar o programa apresentamos outra parceria de Léa com Joyce a deliciosa Casa da Sogra; nesta faixa tocaram Léa Freire – flautas C e G, Chico Oliveira – flugelhorn, Mozar Terra – piano, Sizão Machado – violão e contrabaixo, Tutty Moreno – bateria e Pirulito – percussão. Produção do selo Maritaca e lançamento original da In Sonoris.


Léa Freire: craque!


jazz assim é só na Lumen!

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