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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Programa de 23 de setembro de 2010

No dia em que começou a primavera de 2010, apresentamos um programa tranqüilo bem ao jeito que imaginamos a estação das flores. O destaque foi para o álbum Wave do maestro soberano Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim.

Lançado em 1967 pelo selo A&M, é considerado pela crítica norte-americana de jazz como o grande disco de Tom Jobim. Eu acho bobagem, porque não existe um disco de Tom Jobim melhor de que outros; existem, sim, discos de Tom Jobim diferentes uns dos outros. E todos são magistrais. A produção de Wave ficou por conta de vários craques: o produtor Creed Taylor, o maestro Claus Ogerman e uma montanha de músicos de primeira. Destaques para Ron Carter – contrabaixo, Dom Um Romão e Cláudio Sion – bateria, Joseph Singer – corne francês, os sensacionais Urbe Green e Jimmy Cleveland – trombones, Jerome Richardson e Romeo Penque – flautas. Tom toca piano e violão e em Antigua, pela primeira vez em estúdio, piano elétrico. O disco lançou duas canções, Wave e Triste, que se tornaram clássicos na discografia de Tom e standards do jazz. Mas, claro, tudo é bom. Abrimos o programa com Wave e Antigua. E para encerrar, tocamos Look to the Sky (Olha pro céu) e Capitão Bacardi, todas de Tom.


Em algumas edições, a cor do céu é vermelha.

Segundo o crítico Richard Ginell o disco tem um grande defeito: “tem apenas 31h45min de duração”.

O segundo bloco do programa apresentou o trabalho do grupo gaucho Delicatessen. Tocando de forma delicada standards do jazz, clássicos da Bossa Nova e composições próprias, o Delicatessen é uma das grandes revelações da música brasileira nos anos recentes. Formado por Ana Krüger – vocal, Carlos Badia – violão, Nico Bueno – contrabaixo e Mano Guimarães – bateria, o grupo já gravou dois álbuns. E é do seu CD mais recente My baby Just cares for me que apresentamos os temas Be careful, it´s my heart (Irving Berlin) e Mickey (Diane Naline). O álbum foi lançado em 2008 pelo selo Tratore.

Ainda no clima de Bossa Nova apresentamos duas faixas do álbum Cannonball Bossa Nova do saxofonista Julian Cannonball Aderley. O álbum, gravado em 1962 em Nova Iorque, contou com a participação de Sergio Mendes – piano, Durval Ferreira – violão, Octávio Bailly Jr. – contrabaixo e Dom Um Romão – bateria. Tocamos as faixas Clouds (Durval Ferreira & Maurício Einhorn) e Corcovado (Antonio Carlos Jobim).

Após o intervalo apresentamos o CD Candy do trompetista Chet Baker. Infelizmente a edição do disco lançada aqui no Brasil não tem ficha técnica (o que é um absurdo!). Mas fui atrás e encontrei os dados do álbum: foi gravado em 1985 em Estocolmo e contou com a participação de Chet Baker – trompete e vocal, Michel Grailler – piano e Jean Louis Rassinfosse – contrabaixo. Apresentamos os temas Candy (Mack David & Joan Whitney) e Sad Walk (Bob Ziff).


Chet em seus tempos de Europa

O penúltimo bloco do programa apresentou o álbum The Look of Love da pianista e cantora canadense Diana Krall. Produzido por Tommy LiPuma e com arranjos e orquestrações de Claus Ogerman, o CD foi lançado em 2001 pelo selo Verve. Destacamos as canções The Look of Love (Burt Bacharah & Hal Davis) e I Remember You (Johnny Mercer & Victor Schertzinger). Na primeira faixa acompanharam Mrs. Krall Romero Lubambo – violão, Christian McBride – contrabaixo, Peter Erskine – bateria, Luiz Conde – percussão; em I Remember You ouvimos John Pisano – guitarra, Christian McBride – contrabaixo, Jeff Hamilton – bateria e Paulino da Costa – percussão.

Então seja bem vinda dona Primavera!

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