Pela Internet

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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Programa de 16 de dezembro de 2010

Conforme prometido na edição de terça-feira, iniciamos o programa de hoje com a apresentação do álbum Something Blue que marca a estréia de Paul Horn como band líder. Mais lembrado nos dias de hoje pelo seu trabalho com flautas, Mr. Horn também tocava – e bem – sax alto e clarineta. Gravado em 1960 para o selo HI FI Jazz, a música apresentada demonstra uma clara influência do tijolo que havia despencado sobre a cena jazz no ano anterior – álbum Kind of Blue. Miles havia “inventado” o jazz modal e a maioria dos músicos da época andava impressionada com o trabalho. Para você ouvir um pouco da música apresentada, selecionamos os temas Something Blue e Fremptz, ambas composições de Paul Horn. Para as gravações ele convidou Paul Moer – piano, Jimmy Bond – contrabaixo, Billy Higgins – bateria e Emil Richards – xilofone.

Paul Horn novinho, a fim de impressionar o público feminino

Um dos primeiros LPs de jazz que comprei foi – benza deus! – o álbum Take Love Easy. Gravado para o selo Pablo em 1973 o disco é de uma delicadeza deslumbrante! Apresentando “apenas” a voz da diva Ella Fitzgerald e a guitarra de Joe Pass, o disco traz nove faixas belíssimas. Difícil escolher apenas duas para apresentar no programa, mas selecionamos Take Love Easy (Duke Ellington e John Latouche) e A Foggy Day (Gershwin Bros.). Vale lembrar que o disco tem uma gravação muito bonita de Once I Loved, versão de Ray Gilbert para Amor em Paz de Tom Jobim e Vinícius de Moraes que eu prometo tocar no início do próximo ano.

Ella e Joe para japonês ouvir
Gosto tanto deste álbum que, quando apareceram os CDs, procurei-o alucinadamente. Acabei encontrando uma versão japonesa numa loja da Tower em Londres e comprei. Alguns anos depois o CD foi lançado no Brasil e frequentou algumas bancas de liquidação nas Mesblas da vida...

Após o intervalo apresentaremos mais um encontro entre grandes do jazz. Desta vez trata-se do álbum Bags Meets Wes! que registra a sessão que reuniu Milt Jackson (cujo apelido era Bags) e Wes Montgomery. O surgimento do garoto fenômeno da guitarra no final dos anos 50 fez com muita gente já estabelecida na cena jazz o convidasse para tocar e gravar. A maioria acabou esnobada por Wes Montgomery; uma exceção foi Milt Jackson em grande parte por Wes tinha tocado muitos anos com seu irmão Buddy e desenvolvido com isso uma afinidade com a combinação guitarra jazzy e xilofone. Gravado em dezembro de 1961 pelo selo Riverside, o disco reúne sete faixas que mostram o resultado do encontro. Você ouvirá os temas Blue Roz (Wes Montgomery) e S.K.J. (Milt Jackson). Para acompanhá-los escolheram Wynton Kelly – piano, Sam Jones – contrabaixo e Philly Joe Jones – bateria.

Deve ter feito muito frio no inverno de 1961 em NYC. Meio parecido com nosso verão curitibano...

O quarto bloco do programa apresenta o The Jazztet, grupo importante liderado por Art Farmer e Benny Golson. A banda que durou relativamente pouco tempo (1959 a 1963), se destacou por ser um canal de apresentação das fabulosas composições de Benny Golson e por ter lançado alguns nomes que fariam história nas décadas seguintes, entre eles os pianistas McCoy Tyner e Cedar Walton. A música do grupo era uma espécie de pós hard bop bastante densa e interessante. Você poderá conferir o som do Jazztet nas faixas 2 Degrees East, 3 Degrees West (John Lewis) e Blues On Down (Benny Golson). As gravações para o selo LeJazz foram feitas em Nova Iorque em 1961 e tiveram a participação de Tom McIntosh – trombone, Cedar Walton – piano, Albert “Tootie” Heath – bateria, Tommy Willians contrabaixo, além, claro, de Art Farmer – trompete e Benny Golson – sax tenor.

2 comentários:

  1. "Bags Meets Wes" é um hit aqui em casa: excelente pedida, Mr. Stunitz !!!

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  2. Legal! Então vamos programar mais Bags e mais Wes n´As trilhas...

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