Pela Internet

Você pode ouvir o programa Cena Jazz pela Internet no endereço http://www.rtve.pr.gov.br/modules/programacao/radiofm_ao_vivo

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

17 de agosto de 2011

Quarta-feira sem convidados no Cena Jazz é dia de música sem compromisso.

E começamos com a boa música e o bom humor de George Shearing. Do álbum As Requested, que quinteto do pianista inglês gravou em 1972 para o selo KOCH Records, destacamos os deliciosos temas Girl Talking (Neal Hefti & Bobby Troup) e A Latin´s Lamp (G. Shearing). Compuseram o quinteto Charles Shoemake – xilofone, Ron Anthony – guitarra, Andy Simpkins – contrabaixo, Rusty Jones – bateria.

George  Shearing, pensando na vida
E de vez em quando tocamos Miles Davis no Cena Jazz. De duas sessões de gravação feitas no início dos anos 50, o selo Prestige lançou o álbum Miles Davis and Horns. Selecionamos os temas compostos por Al Cohn Tasty Puding e For Adults Only, ambos da sessão de fevereiro de 1953. O grupo foi integrado por Sonny Truitt – trombone, Al Cohn e Zoot Sims – sax tenor, John Lewis – piano, Leonard Gaskin – contrabaixo e Kenny Clarke – bateria. O sempre inquieto Miles buscava nessa época um novo caminho para sua música após a experiência bem sucedida do álbum Birth of the Cool. Mais um par de anos e ele faria as históricas gravações com John Coltrane que nos brindariam com os quatro álbuns no gerúndio: Cookin´, Smokin´, Workin´ e Relaxin´.

Tenho escutado muito ultimamente o guitarrista Kenny Burrel. E quando ele se encontra com caloroso tenor de Coleman Hawkins, a música fica irresistível. O LP Bluesy Burrel, gravado para o selo MoodsVille em 1962, é o registro deste encontro abençoável. Destacamos os temas Três Palabras (Oswaldo Farres) e a deliciosa balada I Tought About You (Jimmy Van Heusen & Johnny Mercer). Acompanharam a dupla Tommy Flanagan – piano, Major Holley – contrabaixo, Eddie Locke – bateria e Ray Barreto – congas - deu uma canja em Tres Palabras.

Existem alguns músicos que eu gosto de maneira especial – mexem com o corpo e com a alma. Herbie Hancock é um deles. Seu piano versátil carrega uma das mais reverenciadas e controversas carreiras do jazz nas últimas cinco décadas. Da mais pura essência do jazz acústico, passando pelo fusion dos anos 70, e os flertes com o pop contemporâneo, a música de Mr. Hancock sempre é instigante e, muitas vezes, inebriante. Para finalizar o programa de hoje vamos dar uma palhinha de duas destas vertentes. No quarto bloco do programa apresentaremos duas faixas do sensacional álbum Speak Like a Child. Gravado em 1968, o LP lançado pelo selo Blue Note reuniu Thad Jones – flugelhorn, Ron Carter – contrabaixo, Peter Phillips – trombone, Mickey Roker – bateria e Jerry Dodgion – flauta. Escolhemos os temas Speak Like a Child e Goodbye to Childhood, ambas compostas pelo pianista de Chicago.

Herbie Hancock, pensando na vida também
E depois, para encerrar o programa, uma contemporânea. Do álbum que o meu amigo Dr. Fábio Mota gosta muito, River – The Letters of Johnny Mitchel, tocaremos o tema Solitude (De Lange & Duke Ellington).

E ficamos por aí. Sexta tem mais!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

15 de agosto de 2011

Hoje um Cena Jazz bem bacana. Pianinho como convém aos tempos. Buscando a delicadeza.

E falando em delicadeza nada melhor do que começar o programa com Colemann Hawkins. Do seu álbum Cool Grooves, gravado em maio de 1955 para o selo Prive, destacaremos os temas What´s New? (Bob Haggart & Johnny Burke) e I´ll Never Be The Chame (Matty Malneck, Frank Signorelli & Gus Kahn ). A banda liderada pela "Águia" teve Ernie Royal - trompete, Eddie Bert - trombone, Joe "Earl" Knight - piano, Sidney Gross - guitarra, Wendell Marshal - contrabaixo e Osie Johnson - bateria. Foi uma sessão bem tranquila com Mr Hawkins tocando de maneira relaxada e, mesmo assim, buscando alguns caminhos novos para os temas, conforme você pode perceber em What´s New?.

O programa segue com o pouco conhecido Howard Johnson, um tubista da pesada. Tubista? Você pode estar se perguntando se tuba é instrumento de jazz. É, e tem sido desde os primórdios do gênero quando a tuba fazia o papel hoje reservado ao contrabaixo. E nesse disco, que conta com até cinco tubistas em algumas faixas, os resultados alcançados são espetaculares. O álbum chama-se Gravity e foi lançado em 1998 pelo selo Verve. É o único trabalho como líder de Howard Johnson que eu conheço; uma pena porque o disco é sublime. Escutaremos os temas Stolen Moments (Oliver Nelson) e `Way' Across Georgia (Coleridge Taylor Perkinson). Na primeira faixa temos Mr. Johnson acompanhado por Dave Bergeron, Joe Daley, Carl Kleinsteuber, Earl McIntyre e Marcus Rojas – todos tocando tuba!, James Williams – piano, Melissa Slocun – contrabaixo e Kenny Washington – bateria. Em Way Cross... ouviremos Dave Bergeron, Joe Daley e Carl Kleinsteuber – eufoniun, Tom Malone e Howard Johnson – tuba, George Wadenius – guitarra, Paul Shaffer – piano, Melissa Slocun – contrabaixo e Kenny Washington – bateria. Música maravilhosa!

Howard Johnson, música de tuba. Supreendentemente delicada!
Depois do intervalo receberemos a visita de Diana Krall. De sua mais recente incursão ao mundo da Bossa Nova, o álbum Quiet Nights, ouviremos os temas Guess I'll Hang My Tears Out To Dry (Jule Styne & Sammy Cahn) e How Can You Mend A Broken Heart? (Barry Gibb & Robin Gibb). Miss Krall gravou acompanhada por seu trio com Jeff Hamilton – bateria, Reggie Hamilton – contrabaixo e Anthony Wilson – guitarra além de uma grande orquestra dirigida por Claus Ogerman. Destaque na orquestra para o flautista Steve Kujala. Quite Nights foi lançado pelo selo verve em 2009.

Álbum Happenings de Bobby Hutcherson
E para encerrar o programa com força e delicadeza levaremos ao seu rádio o álbum Happenings do xilofonista Bobby Hutcherson. Gravado em 1966 para o selo Blue Note, o disco contou com as participações de Herbie Hancock – piano, Bob Cranshaw – contrabaixo e Joe Chambers – bateria. Escolhemos a valsa Bouquet – com suas influência de Satie e a balada When You Are Near ambas de Mr Hutcherson. Destaque para o piano de Mr. Hancock e o xilofone do líder.

Cena Jazz em busca da delicadeza perdida.