Pela Internet

Você pode ouvir o programa Cena Jazz pela Internet no endereço http://www.rtve.pr.gov.br/modules/programacao/radiofm_ao_vivo

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Programa de 28 de setembro de 2010

Um dos maiores músicos da segunda metade do século XX, o saxofonista Wayne Shorter acabou de completar 77 anos. Continua em plena atividade fazendo música da maior qualidade. Nessa terça-feira vamos tocar seu álbum Night Dreamer, gravado para o selo Blue Note em abril de 1964. Com a participação de Lee Morgan – trompete, McCoy Tyner – piano, Reggie Workman – contrabaixo e Elvin Jones – bateria, Mr. Shorter gravou suas composições Oriental Folk Song e Virgo que abrem programa.

Na seqüencia apresentaremos o álbum The Natural Soul do saxofonista Lou Donaldson. O disco foi gravado em 1962 para o selo Blue Note e tem como grande destaque a participação do organista John Patton que acaba estabelecendo o clima do disco. Você vai poder conferir os temas Nice´n´greasy (Johnny Acea) e Spaceman Twist (L. Donaldson). Ouviremos Grant Green – guitarra, Tommy Turrentine – trompete, Ben Dixon – bateria, John Patton – oirgão e Lou Donaldson – sax alto.

Depois do intervalo o destaque vai para dois dos maiores nomes da música do século XX: Ella Fitzgerald e Duke Ellington. Os dois fizeram em fevereiro de 1996 um concerto histórico em Estocolmo que felizmente foi gravado e lançado em disco. O album chama-se The Stockholm Concert e foi lançado pelo selo Jazz World. Apresentaremos para você as canções Satin Doll (Duke Ellington, Billy Strayhorn & Johnny Mercer) e Duke´s Place (Duke Ellington, Ruth Roberts, Bill Katz & Robert Thielle). A Duke Ellington Orchestra teve como destaques os músicos Paul Gonsalves e Johnny Hodges – saxophones, Cat Anderson e Coottie Willians – trompetes, Lawrence brown – trombone John Lamb – contrabaixo, Sam Woodyard – bateria e, claro, o piano do Duque.

A rainha canta e o duque se delicia.

O trompetista Walmir Gil é conhecido dos aficionados da música instrumental brasileira como um dos integrantes da gloriosa Banda Mantiqueira. Os que gostam de música popular de qualidade já devem tê-lo ouvido, sem saber, acompanhando nomes como Djavan, Gal Costa e Rosa Passos. Vamos tocar no programa seu, até onde sei, único CD como líder. Trata-se do álbum Passaporte, gravado em São Paulo e Londres no ano de 2005. Passaporte é um álbum interessante já a partir da temática toda ela centrada em uma viagem de avião; temas como “Departure time”, “Departure time”, “The return” nos levam a um vôo intercontinental. A música também conforme você vai poder conferir ouvindo as faixas “Take off” e “Final approach”. Ambas as faixas são do inglês Chris Wells que também produziu o disco e toco bateria, percussão e contrabaixo. Além de Walmir tocando trompete e flugel temos a participação do guitarrista brasileiro Swami Jr. O lançamento no Brasil ficou por conta do selo Trattore.

Walmir Gil: gente boa da melhor qualidade e, de quebra, um grande músico
No último bloco do programa você ouvirá o trabalho de estréia do saxofonista Chistopher Hollyday. Gravado em 1989 para o selo Novus conta com participação de um belo grupo de músicos: Wallace Rooney – trompete, Cedar Walton – piano, David Willians – contrabaixo, Billy Higgins – bateria e o sax alto do líder. Tocaremos os temas Bloomdido (Charlie Parker) e This is always (Mack Gordon & Harry Warren).

Você pode ouvir o programa pela Internet no endereço http://www.jazzlumen.com.br/

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Programa de 23 de setembro de 2010

No dia em que começou a primavera de 2010, apresentamos um programa tranqüilo bem ao jeito que imaginamos a estação das flores. O destaque foi para o álbum Wave do maestro soberano Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim.

Lançado em 1967 pelo selo A&M, é considerado pela crítica norte-americana de jazz como o grande disco de Tom Jobim. Eu acho bobagem, porque não existe um disco de Tom Jobim melhor de que outros; existem, sim, discos de Tom Jobim diferentes uns dos outros. E todos são magistrais. A produção de Wave ficou por conta de vários craques: o produtor Creed Taylor, o maestro Claus Ogerman e uma montanha de músicos de primeira. Destaques para Ron Carter – contrabaixo, Dom Um Romão e Cláudio Sion – bateria, Joseph Singer – corne francês, os sensacionais Urbe Green e Jimmy Cleveland – trombones, Jerome Richardson e Romeo Penque – flautas. Tom toca piano e violão e em Antigua, pela primeira vez em estúdio, piano elétrico. O disco lançou duas canções, Wave e Triste, que se tornaram clássicos na discografia de Tom e standards do jazz. Mas, claro, tudo é bom. Abrimos o programa com Wave e Antigua. E para encerrar, tocamos Look to the Sky (Olha pro céu) e Capitão Bacardi, todas de Tom.


Em algumas edições, a cor do céu é vermelha.

Segundo o crítico Richard Ginell o disco tem um grande defeito: “tem apenas 31h45min de duração”.

O segundo bloco do programa apresentou o trabalho do grupo gaucho Delicatessen. Tocando de forma delicada standards do jazz, clássicos da Bossa Nova e composições próprias, o Delicatessen é uma das grandes revelações da música brasileira nos anos recentes. Formado por Ana Krüger – vocal, Carlos Badia – violão, Nico Bueno – contrabaixo e Mano Guimarães – bateria, o grupo já gravou dois álbuns. E é do seu CD mais recente My baby Just cares for me que apresentamos os temas Be careful, it´s my heart (Irving Berlin) e Mickey (Diane Naline). O álbum foi lançado em 2008 pelo selo Tratore.

Ainda no clima de Bossa Nova apresentamos duas faixas do álbum Cannonball Bossa Nova do saxofonista Julian Cannonball Aderley. O álbum, gravado em 1962 em Nova Iorque, contou com a participação de Sergio Mendes – piano, Durval Ferreira – violão, Octávio Bailly Jr. – contrabaixo e Dom Um Romão – bateria. Tocamos as faixas Clouds (Durval Ferreira & Maurício Einhorn) e Corcovado (Antonio Carlos Jobim).

Após o intervalo apresentamos o CD Candy do trompetista Chet Baker. Infelizmente a edição do disco lançada aqui no Brasil não tem ficha técnica (o que é um absurdo!). Mas fui atrás e encontrei os dados do álbum: foi gravado em 1985 em Estocolmo e contou com a participação de Chet Baker – trompete e vocal, Michel Grailler – piano e Jean Louis Rassinfosse – contrabaixo. Apresentamos os temas Candy (Mack David & Joan Whitney) e Sad Walk (Bob Ziff).


Chet em seus tempos de Europa

O penúltimo bloco do programa apresentou o álbum The Look of Love da pianista e cantora canadense Diana Krall. Produzido por Tommy LiPuma e com arranjos e orquestrações de Claus Ogerman, o CD foi lançado em 2001 pelo selo Verve. Destacamos as canções The Look of Love (Burt Bacharah & Hal Davis) e I Remember You (Johnny Mercer & Victor Schertzinger). Na primeira faixa acompanharam Mrs. Krall Romero Lubambo – violão, Christian McBride – contrabaixo, Peter Erskine – bateria, Luiz Conde – percussão; em I Remember You ouvimos John Pisano – guitarra, Christian McBride – contrabaixo, Jeff Hamilton – bateria e Paulino da Costa – percussão.

Então seja bem vinda dona Primavera!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Festival de Jazz em Curitiba nesse final de semana - de GRAÇA!

Acontecerá em Curitiba, nos dias 24, 25 e 26 de setembro, a primeira (esperamos de muitas) edição do Festival nuJazz - Curitiba´10.

Com produção da NuJazz Produções e apoio master d´O Boticário, teremos três eventos de primeira qualidade e - parabéns aos produtores e patrocinadores - gratuitos. O projeto faz parte do programa Curta Curit!ba da Prefeitura Municipal e acontecerá em três ambientes diferentes:

- na sexta-feira, 24 de setembro, a coisa vai ferver na Boca Maldita. A partir das 17 horas se apresentarão, pela ordem, Trio Calamengau & Ceará, João Pedro & Trio e, a grande atração, Hermeto Pascoal e Aline Morena.

- no sábado, 25, o encontro será no Full Jazz Bar. Desde as 16 horas teremos um super encontro de jazz. A quebradeira começa com Helinho Brandão e um super grupo de músicos curitibanos com participação pra lá de especial de Robertinho Silva. Para encerrar o encontro com chave de ouro, o internacional grupo Azymuth fará uma apresentação acompanhado de Arthur Verocai.

- e para encerrar uma grande festa no domingo, 26, num local que não poderia ser mais espetacular: o Jardim Botânico. Em um super palco se apresentarão a Big Wilson Soul Band e a internacional Big Time Orchestra com a participação de J.J.Jackson.

É isto! Um verdadeiro festival para quem aprecia a boa música! E tudo com entrada franca. Mais informações você pode obter no endereço: http://www.nujazz.com.br/

Vamos lá aproveitar!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Programa de 21 de setembro de 2010

A proposta inicial para o programa de hoje era fazer uma retrospectiva do papel do trombone no mundo do jazz. Fui pesquisando, pesquisando e encontrei tanta coisa que resolvi fazer dois programas e, possilvelmente, apresentá-los em duas semanas seguidas. Fica a promessa de programas bem legais.

O programa começa com o CD em que a cantora e pianista Shirley Horn homenageia o Ray Charles. O album chama-se Light Out of Darkness (a tribute to Ray Charles). Tocaremos três faixas: a clássica Hit the Road, Jack (Percy Mayfield), a divertida Makin´ Whoopie (Gus Khan & Walter Donaldson) e a deliciosa I Got a Man (Ray Charles & Renald Richard). O trio base que acompanha a voz e o piano de Mrs. Horn foi composto por Charles Ables – guitarra, Tyler Mitchell – contrabaixo e Steve Willians – bateria. Em Hit the Road, temos os vocais das The Hornettes e em Makin´ Whoopie o sax alto de Gary Bartz. O disco foi produzido pelo selo Gitanes Jazz em parceria com a Verve. O ano: 1995.


Capa do CD Light Out of Darkness da cantora Shirley Horn

O segundo bloco dá destaque o pianista brasileiro Dom Salvador. Trabalhando com música desde os doze anos, hoje está com 72, Dom Salvador fez parte da genial geração de instrumentistas que deu suporte e evolução ao movimento da Bossa Nova. Seus discos em trio estão entre os melhores do gênero. Atualmente vivendo em Nova Iorque, o pianista gravou em 2007 o álbum Dom Salvador Trio pelo selo Biscoito Fino. O trio foi complementado por Sérgio Barrozo – contrabaixo e Duduka da Fonseca – bateria. Tocaremos as faixas: Maurício, homenagem a Maurício Einhorn e Elis, homenagem a Elis Regina; ambas são composições de Dom Salvador.

Dom Salvador, pianista brasileiro que o mundo admira
Após o intervalo apresentaremos o álbum The Immortal Lester Young. Mostrando gravações feitas em 1944, este álbum é um dos mais importantes dos gravados por Prez naquele período. Você ouvirá três faixas: Tush (Dick Wells), Salute to Fats (Johnny Guarnieri), e These Foolish Things (by Eric Maschwitz & Jack Strachey). Acompanharam Lester Young os músicos Billy Buterfield – trompete, Hank D´Amico – clarinete, Johnny Guarnieri – piano, Dexter Hall – guitarra, Billy Taylor – contrabaixo e Cozy Cole – bateria. O álbum foi lançado originalmente pelo selo Savoy Jazz.


Lester Young, o presidente

O programa segue com o Songbook de Duke Ellington cantado por Sarah Vaughan. As gravações foram produzidas por Norman Granz para o selo Pablo em Nova Iorque, durante o inverno de 1979. Tudo de primeira: a cantora, o autor, o produtor e os músicos. Pena que a edição que estou usando não dê o crédito por faixas, mas são citados o trombonista J.J.Johnson, o guitarrista Joe Pass, o saxofonista Zoot Sims, o baterista Grad Tate, o pianista Jimmy Rowles entre vários outros grandes músicos. Você ouvirá: In a Mellow tone (Duke Ellington & Milt Gabler) e I Ain´t Got Nothing but the Blues (Duke Ellington & Jimmy Whiterspoon).

Para encerrar o programa apresentaremos o álbum More Soul do saxofonista Hank Crawford. Destacaremos dois “mega standards”: Angel Eyes (Matt Dennis & Earl Brent) e Misty (Errol Gardner). Acompanharam Hank Crawford durante as gravações os músicos David “Fathead” Newman – sax tenor, Leroy “Hog” Cooper – sax barítono, Phillip Guilbeau – trompete, John Hunt – flugel horn, Edgar Willis – contrabaixo e Milt Turner – bateria. O álbum foi gravado em 1961 para o selo Atlantic.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Leo Gandelman no Full Jazz

Um dica para um ótimo programa musical neste final de semana: hoje e amanhã no Full Jazz Hotel teremos shows do saxofonista Leo Gandelman. Oportunidade rara para escutar um dos músicos favoritos das grandes estrelas da música brasileira no ótimo ambiente do Full Jazz Bar.

Leo Gandelman
Confiram! O Full Jazz Bar fica na rua Silveira Peixoto, 1297 e o espetáculo começa às 22h.

Programa de 16 de setembro de 2010

Abrimos o programa com um Miles Davis do início dos anos 50. Na época da gravação do álbum Blue Haze, Mr. Davis estava na muda e prestes a iniciar os trabalhos em quintetos que entrariam para a história do jazz. Do disco, gravado em 1953 pelo selo Prestige, tocamos os temas Tune-up (M. Davis) e When lights are low (Spencer Willians & Benny Carter). Acompanharam o trompete de Miles Davis John Lewis – piano, Percy Heath – contrabaixo, Max Roach – bateria.

Capa do álbum Blue Haze
No início dos anos 70 o jazz andava em crise. A consolidação do pop como a música “jovem” fez com que os jazzistas procurassem uma aproximação com aquele gênero. Enquanto alguns se lançavam para o experimentalismo eletrônico e outros procuravam uma aproximação com o rock, artistas como o saxofonista James Moody estreitaram laços com a soul music e fizeram um jazz leve e dançante. Mr. Moody foi um dos destaques desta corrente. Mostramos no programa o álbum Feelin´ it together, gravado em 1973. Com participações de Kenny Barron – teclados, Larry Ridley – contrabaixo, Freddie Waits – bateria e percussão, o sax do James Moody interpretou os temas Wave (Tom Jobim) e Morning Glory (Kenny Barron). O CD foi lançado pelo selo .32 jazz.

Amigos desde os quinze anos de idade o saxofonista Joel Frahm e o pianista Brad Meldhau gravaram em dezembro de 2001 o CD Don´t Explain. As dez faixas que compõem o álbum foram tocadas em duo sax tenor/piano e são muito bonitas. Como não dá para tocar o disco todo escolhemos Away from home (J. Frahm) e Don´t explain (Billie Holiday & Arthur Herzog). Lançamento do selo Palmetto Records.


Shirley Horn e Miles Davis no final dos anos 80
Shirley Horn começou seus estudos musicais com intenção de torna-se uma pianista clássica. Apesar de ter conseguido um bolsa para a famosa Juilliard Music School, não pode prosseguir seu projeto por razões financeiras. Passou então a freqüentar a cena jazzística de Washington até ser descoberta por Miles Davis e conseguir gravar alguns trabalhos em pequenos selos no início dos anos 60. Após assinar contrato com o selo Impulse, lançou alguns álbuns que tiveram forte recepção entre a crítica, mas pouca repercussão popular. Desencantada com a ascensão do rock inglês, com os esforços dos produtores (Quincy Jones incluso) em transformá-la em uma cantora pop e desejando dar atenção à família, Shirley Horn afastou-se da cena artística por quase duas décadas, voltando a gravar e excursionar apenas na metade dos anos 80. A partir daí a cantora e pianista passou, com seu estilo único, a ser uma das referencias do jazz vocal. Trabalhou então com vários dos principais nomes da cena jazz então em atividade como Miles Davis, Wynton Marsalis e Joe Henderson. Aproximou-se também da música brasileira, gravando principalmente o trabalho de Tom Jobim. Mas o que ela gostava mesmo era de gravar e se apresentar em trio. E é com esta formação que gravou em 1987 o álbum Softly para o selo Audiophile. Com o acompanhamento de Charles Ables – contrabaixo e Steve Willians – bateria apresentamos as faixas Forget me (Valerie P. Brown) e Dindi (Tom Jobim, Aloysio de Oliveira & Ray Gilbert).

O programa estava especial e o último bloco manteve o clima. Apresentamos três faixas do CD Ninhal da flautista brasileira Léa Freire. Gravado entre janeiro de 1994 e setembro de 1996, o álbum produzido por Sizão Machado é uma jóia, infelizmente, rara; deveria haver um exemplar em cada lar brasileiro. É muito bom! Tocamos, pela ordem, Tequila (L. Freire) com Léa Freire – flauta C, Felipe Cubano – sax tenor, Pepe Rodriguez – teclados, Sizão Machado – contrabaixo e Turquinho – bateria. Em seguida apresentamos Vatapá (Léa Freire & Joyce) com Léa acompanhada pela Banda Mantiqueira. E para encerrar o programa apresentamos outra parceria de Léa com Joyce a deliciosa Casa da Sogra; nesta faixa tocaram Léa Freire – flautas C e G, Chico Oliveira – flugelhorn, Mozar Terra – piano, Sizão Machado – violão e contrabaixo, Tutty Moreno – bateria e Pirulito – percussão. Produção do selo Maritaca e lançamento original da In Sonoris.


Léa Freire: craque!


jazz assim é só na Lumen!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Programa de 14 de setembro de 2010

No mundo do jazz há vários músicos que se destacam também como compositores e nesta categoria, sem dúvida, temos Benny Golson. Além de ter sido um saxofonista acima da média, ele também  foi autor de alguns dos maiores clássicos do gênero. Começaremos o programa de hoje com duas de suas composições mais gravadas e conhecidas: Killer Joe e I remember Clifford.

As faixas estão na coletânea The Jazztet, lançada em 1993 pelo selo Charly Records. Em gravações realizadas em fevereiro de 1960 reuniu-se um timaço de músicos para acompanhar o sax tenor de Benny Golson e o trompete de Art Farmer – os dois líderes do Jazztet: tivemos Curtis Fuller – trombone; Addison Farmer – contrabaixo, McCoy Tyner – piano e Lex Humphries – bateria.

Não muito conhecido do grande público, Bruce Barth é um dos maiores pianistas a atualidade. Apesar de atuar mais como acompanhante (sideman), ele possui dez álbuns como líder e, dos que eu conheço, todos são excelentes. No programa desta terça-feira apresentaremos o registro de uma apresentação que o trio de Mr. Barth realizou em 2002 no Village Vanguard, que é um clube de jazz com mais de 75 anos em Manhattan, Nova Iorque. Tocar no Village é sinal de qualidade! E é isto que você poderá conferir nas faixas do álbum Bruce Barth Live at The Village Vanguard. Tocaremos Little Dilly (B. Barth) e In the still of the night (Cole Porter). Acompanharam o piano de Bruce Barth, Ugonna Okegwo – contrabaixo e Al Foster – bateria. O álbum é um lançamento do selo MaxJazz.


O Village

O bloco seguinte do programa apresenta o encontro de dois dos maiores nomes do jazz: Frank Sinatra e Count Basie. O disco, gravado em 1962, é um marco na discografia do gênero e, mais importante, uma delícia de escutar! “Eu esperei vinte anos por esse momento”, declarou Mr. Sinatra antes de entrar no estúdio para iniciar as gravações. Você poderá conferir o resultado nas faixas My kind of girl (Leroy Bricusse) e Learning the blues (Dolores Vicki SIlvers). A Count Basie Band contou com a participação de Thad Jones, F.P. Ricard, Sonny Cohn, Albert Aarons, Al Porcino – trompetes; Henry Coker, Rufus Wagner, Benny Powell – trombones; Marshall Royal, Frank Foster, Eric Dixon, Frank Wess, Charlie Fowlkes – saxofones, Buddy Catlett – contrabaixo, Freddie Green – guitarra e Sonny Payne – bateria. Claro: o piano do conde Basie e a VOZ de Frank Sinatra. O álbum chama-se Sinatra-Basie, an historic musical first. Foi lançado em 1962 pelo selo Reprise Records.


A Voz e o Conde

Na sequência do programa apresentaremos o CD do baixista brasileiro Paulo Dantas de Almeida. O álbum independente foi gravado em 2004 e tocaremos os temas: Nonas e Internamente, ambos de autoria de Paulo. Um trabalho delicado que vale a pena ser ouvido. Quem acompanha o PDA no disco são os músicos Marco Rupe - clarinete/sax alto, De Paula - saxes baritono e tenor, Jeferson Victor - trompete e flugel, Paulo Esteves - teclado, Fernando Pereira - bateria.

E encerraremos o programa com o álbum Demon´s Dance do saxofonista Jackie McLean. As gravações foram realizadas em dezembro de 1967, mas o LP só foi lançado pelo selo Blue Note em 1970. Destacaremos as faixas Toyland (Cal Massey) e Sweet Love of Mine (Woody Shaw). Participaram das gravações Woody Shaw – trompete, Lamont Johnson – piano, Scott Holt – contrabaixo, Jack DeJohnette – bateria e Jackie McLean – sax alto.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Programas dos dias 02, 07 e 09 de setembro

Olá pessoal!

Por conta de um problema operacional, os programas dos dias 02, 07 e 09 de setembro foram reprises de programas já apresentados. Hoje conseguimos recuperar os arquivos e, em breve, informarei qual foi a programação apresentada. OK?

A partir de hoje já teremos novamente programas inéditos.

Um abraço a todos e um SUPER agradecimento pela audiência.

Maurício

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Não é apenas a música

Andei recebendo comentários de leitores do blog sobre as capas com que tenho ilustrado algumas postagens com os conteúdos dos programas. Fizeram sucesso, principalmente, as capas do disco Cool Strutin´ do Sonny Rollins e o ´Round Midnight da Julie London. Pois é... este é mais um dos grandes baratos de colecionar disco de jazz. Há capas absolutamente fantásticas!

Essa coisa de fazer capas bacanas se intensificou com a consolidação do formato LP durante os anos 50; com mais espaço, os projetos gráficos ficaram cada vez mais legais. Desde então há capas geniais e que, muitas vezes, valem tanto quanto a música que elas contém.

Neste post vou mostrar três das minhas favoritas. Claro que há mais e, em breve, mostrarei outras.

Vou começar com uma clássica do Chet Baker. É do disco It could happen to you, de 1958 pelo selo Riverside. Acredito que basta a imagem – nenhuma outra explicação é necessária.


Chet Baker - It could happen to you - Riverside 1958

Outra que adoro é a do álbum The Three & The Two do baterista Shelly Mane. A música do álbum é bem avançada para a época em que foi lançada (1954); é quase experimental. Não é um disco fácil, mas os pinguins da capa são para todos. Aliás, este baterista pouco conhecido no Brasil tem uma série de álbuns chamada Shelly Mane and his friends em que todos álbuns tem capas ótimas!


Shelly Mane - The Three & The Two - Contemporary 1954

O terceiro escolhido para este primeiro post sobre capas é a que encarta o LP No limit do saxofonista Art Peper. Acho linda demais a arte desse disco de 1977. Também não um disco muito fácil, mas a capa vale à pena!

Art Peper - No limit - OJC 1977
Então... por enquanto é isto! Mas em breve voltarei ao assunto.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Programa de 31 de agosto de 2010

O destaque do programa foi o único álbum lançado como lider pelo pianista Kenny Kirkland.

Kenny Kirkland: grande músico e um cara legal.
O último programa do mês de agosto iniciou com o álbum The Laws of Jazz do flautista Hubert Laws. Apresentamos as faixas Black Eyed Peas and Rice (H. Laws) e Bessie´s Blues (H. Laws). Acompanharam o flautista os músicos Armando (Chick) Corea – piano, Richard Davis – contrabaixo e Bobby Thomas – bateria. Na faixa Black Eyed.... o Hubert Laws tocou pícolo.

Kenny Kirkland foi um dos melhores pianistas da geração dos Young Lions. Trabalhando principalmente no quarteto do saxofonista Branford Marsalis, Mr. Kirkland participou de vários momentos importantes da música do final dos anos 80 e início da década seguinte; fez parte, inclusive, da super banda formada por músicos de jazz com que o cantor Sting excursionou pelo planeta em, se não me engano, 1988. Mas seu trabalho no jazz é que é extraordinário pela competência técnica e criatividade. Tendo morrido em 1998, com apenas 43 anos, Kenny Kirkland gravou apenas um álbum como líder; que é, sem dúvida alguma, um dos melhores discos de jazz da década de 90. Apresentamos duas faixas do álbum: Midnight silence (K. Kirkland) e Speepian faith (K. Kirkland. Na primeira faixa apresentada ouvimos Kenny Kirkland – piano, Branford Marsalis – sax soprano e Jeff “Tain” Watts – bateria. Em Steepian Faith, participou, ainda, o Charnett Moffett – contrabaixo. O álbum foi lançado em 1999 pelo selo Verve e é MUITO BOM!


Capa do único CD do super pianista Kenny Kirkland
Após o intervalo apresentamos o CD Rhythm is my business do baterista Lewis Nash. Foram executadas as faixas Let me try (Roland Hanna) e Daniele´s Waltz (Steve Nelson). Participaram das gravações Mulgrew Miller – piano, Steve Nelson – vibrafone, Peter Washington – contrabaixo e Steve Kroon – percussão. O álbum foi lançado em 1993 pelo selo Evidence Music.

O destaque vocal do programa foi a cantora Nancy Wilson. Do disco A touch of today apresentamos as canções Tonight may have to last me all my life ( Johnny Mercer) e o clássico eternizado por Ray Charles I can´t stop lovin´ you (Don Gibson). O álbum é de 1966 e foi lançado pelo selo Capitol.

Encerramos o programa com o álbum The Opener do trombonista Curtiss Fuller. Escolhemos para apresentar para você as interpretações delicadas dos temas Here´s to my lady (Johnny Mercer & Rube Bloom) e A lovely way to spend an evening (Jimmy McHugh & Harold Adamson). As gravações foram feitas em 1957 para o selo Blue Note. Os músicos que participaram da sessão foram Hank Mobley – sax tenor, Bobby Timmons – piano, Paul Chambers – contrabaixo e Art Taylor – bateria.

Você pode escutar o programa Nas trilhas do jazz também pela internet no endereço http://www.lumenfm.com.br/